Tem coisas que não tem como contar
Nem cantar...
Não haveria a música certa...
Mesmo que eu escrevesse ela
Há coisas maiores que o tempo
Maiores que nós
E sem nó nenhum a desatar
Limpo, claro e leve
Como um dia de sol
A brisa no rosto
O abraço, o beijo
O gosto do novo como se tivesse há séculos ali
Tem coisas que não tem como mensurar
É simplesmente maior
Maior do que o peso que tem nas linhas
Nas entrelinhas
No livro inteiro
Não haveria a poesia certa
A rima perfeita
Nada seria justo
Nada pode apontar no horizonte
Mais forte que esse sol que se cria
Dentro do peito, da boca pra dentro
Nada é mais forte que o hoje
Nada é mais bonito que os amanhãs
Que as manhãs, cinzas ou não
Desde que venham com teu hálito da manhã
Num beijo de bom dia
Num olhar de pra sempre...
Mateus Carneiro
30/01/11 – 22:01