domingo, 30 de janeiro de 2011

Coisas...


Tem coisas que não tem como contar
Nem cantar...
Não haveria a música certa...
Mesmo que eu escrevesse ela
Há coisas maiores que o tempo
Maiores que nós
E sem nó nenhum a desatar
Limpo, claro e leve
Como um dia de sol
A brisa no rosto
O abraço, o beijo
O gosto do novo como se tivesse há séculos ali
Tem coisas que não tem como mensurar
É simplesmente maior
Maior do que o peso que tem nas linhas
Nas entrelinhas
No livro inteiro
Não haveria a poesia certa
A rima perfeita
Nada seria justo
Nada pode apontar no horizonte
Mais forte que esse sol que se cria
Dentro do peito, da boca pra dentro
Nada é mais forte que o hoje
Nada é mais bonito que os amanhãs
Que as manhãs, cinzas ou não
Desde que venham com teu hálito da manhã
Num beijo de bom dia
Num olhar de pra sempre...

Mateus Carneiro
30/01/11 – 22:01


domingo, 23 de janeiro de 2011

4 em 1


decorar
cada milímetro
sentir o cheiro de cada poro
o tamanho  do seio...
a circunferência da coxa...
com a mão... com a boca...
o gosto...
o sabor...

é tudo tesão e poesia...
a falta de sentido acaba quando minha mão encontrar tua pele
a palavra acaba quando o silêncio é a melhor pedida
teu sussurro... música...
teu gemido... o tom certo para as noites em claro que quero contigo...

e perdoe a física em colocar o corpo perto estando longe
me perdoe a invasão de estar a agora...
deitando no teu ombro... te fazendo poesia... mais uma vez

me desculpa a nudez da alma...
pode ser muito cedo
mas... é verdade
a nudez da minha palavra é, sinceramente... só tua,,,
tu me dá vontade de escrever... de tocar
de te fazer música

domingo, 16 de janeiro de 2011

Vontade...


O uivo do vento
O gemido do tato
Vontade em cada poro
Em cada troca de olhar o convite
Teu gosto na ponta dos dedos
Tua boca no meu ouvido
Teu vestido pedindo pra fugir do corpo
Meu corpo pedindo pelo teu
Toda a noite seria pouco
Pro todo que eu quero contigo


Mateus Carneiro
16/01/11 – 16:12