quinta-feira, 26 de maio de 2011

Silêncio!


Silêncio!
O corpo pede silêncio
E tudo em volta é ruído...
“Um copo de silêncio com dois dedos de água pura”
Seria um bom início pra um dia como esse
Na falta do vácuo
O som estremece os ouvidos
Um grunhido alto, rasgando e marcando por dentro
Uma tatuagem na alma
Na pele, mas pelo outro lado
Silêncio!
Pede a velho professor chamado tempo
Em sua didática não cabem dúvidas
Ele não se dá para elas
Onde buscar o vazio se não dentro de nós mesmos
Como se encontrar em si se moramos no corpo ao lado
Que mora na mesma cama
E por vezes foge pro limite
Entre o que é lençol e o que é frio
Silêncio!
Só pra ficar cuidando...
Ninando o sono pesado
Os sons de calma e vontade
Ouvidos ligados na escuridão do quarto
Um passo em falso
E a certeza tropeça no ontem
E tudo em volta vira ruído...
Mas hoje...
Silêncio!
Preciso ouvir teus passos vindo pra mim
Como se fossem os primeiros na minha direção
Teu coração batendo perto da minha boca
Teus poros rindo na minha mão...
Ouve... canta o silêncio com a tua voz macia
Sem rancor ou mágoa...
Com a mesma certeza
Que há tempos se mudou pra dentro de nós...



Mateus Carneiro
26-05-11 – 13:37

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Não Sei...

 
Não sei por onde anda minha segurança...
Acho que hoje ela dormiu mais que eu
Perdeu a hora... o rumo...
Tô assim... folha solta no vento...
Não deveria nem te dizer isso...
Entendo tua vontade de ficar só...
Queria querer também...
Mas minha solidão precisa da tua companhia...
Mas essa certeza que trago comigo
Me acalma, ma traz teu riso na cabeça...
Teu cheiro eu sinto como se tu tivesse aqui
Quero isso pra sempre...
A certeza... o cheiro... a mão... o carinho
De quem sempre esteve perto
Mas só agora vive dentro de mim...