Eu mesmo, por vezes, me queria mais distante
Com mais medo ou com menos de mim
Não sei...
Céu e inferno
Ying e Yang
Azul e vermelho
Tudo tão certo que parece estar errado
“Uma certa impressão. Uma certeza imprecisa...”
Ainda não sei onde há erros
Tão pouco se os acertos são meus
Procurar problemas onde não existem?
Talvez!
Inventar soluções pro todo dia
Não deixar que virem soluços
Das dores não choradas ou alegrias adiadas
Eu mesmo queria me entender por dentro
Mas ninguém mais me vê tão afundo
Quem mora dentro de mim
Me vê forte, maior e melhor do que eu sou
Ou então me ama mesmo assim...
Com meu turbilhão de defeitos e medos infundáveis
Neuroses e dúvidas que trago há mais de 30 anos
Me ama com todos os “poréns”, “apesares” e afins
Que possam acompanhar quaisquer frases que me definam
Eu entendo
Também sinto assim...
Amo demais com “contudos” e contrapontos que teimam em não fugir de mim
Isso nos faz inteiros...
Certos do caminho...
Saber que posso ser assim me tira as dúvidas ali de cima...
Inventar soluções, soluçar e solucionar o dia...
Deixar de olhar tão fundo quando é pra dentro
E ver que o que te completa não mora em ti...
E sim na perna que pesa na tua durante a noite...
Na cabeça que repousa no teu ombro...
Na boca que te aquece pra vida toda...
Azul e vermelho
Ela e eu...
Assim... simples...
Mateus Carneiro
20:14 – 29/06/11