sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ah! Essa Boca!


Ah! Essa boca...
Me toma, me bebe
Como se eu não me pertencesse
E já não me pertenço...
Não sou dono de cada passo
E isso ainda é liberdade
Meus poros me guiam
Me levam pro teu colo
Todo dia
Toda hora
Pra vida inteira
Ah! essa boca...
Me toma
Me faz sedento
Como se água não bastasse
E não basta
Pra matar a minha sede de ti...


Mateus Carneiro
26/02/11 – 01:00

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

À um Jazz de Chet Baker


Num bar qualquer
Onde a dor é companhia
O passear dos dedos na pedra de gelo
Daquele copo de uísque barato
Um jazz toca longe como alento
Como tormento ainda maior
Pra uma alma em desespero
Queimando os dedos e a sobrancelha
Como quem avisa que a tristeza é a parceira mais fiel dessa noite...

Mateus Carneiro
14/02/11 – 15:39

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quando falta a paciência...


Quando falta a paciência
O coração se cala
Quem grita no ouvido
É aquela voz te dizendo...
Corre, vai pro alto daquela montanha
Reza, pede pela calma que a vida tem te dado (às vezes)
Usa a tua fé pra enxergar na frente
Ver o mar calmo, o sol leve, a vela estufando
Chega lá no alto sem tirar os pés do chão
Sem tirar os olhos do papel
Voa longe, bate asas e pousa de volta
Respirando fundo
Pensando no muito
Tendo a certeza de todos os amanhãs...


Mateus Carneiro
10/02/11 – 14:58

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Preciso te contar tudo...


Eu sei... preciso te contar tudo
Eu não posso mais...
Não consigo...
É isso que meu rosto dizia
Quanto tu perguntava o que eu tinha...
Não tem mais como esconder
Nem razão eu encontro pra não falar...
Não dá...
Simplesmente, é impossível!
Eu não sei por onde começar
Por ser cedo ou doido
Por não ter lutado
Mas chegou num ponto
Onde ou eu te conto...
Ou eu vou explodir...

Não dá mais pra viver sem ti
Eu não sei mais nem respirar
Sem ser pensando em ti
Eu te amo!
Pronto... falei...
Grito ao mundo sem dizer uma palavra
Quando o silêncio é necessário...
Não consigo mais ver nada à frente
Onde não haja nós dois... juntos
Uníssono, no mesmo tom... mesmo ritmo
Como naquelas canções antigas
Que minha mãe cantava pra me ninar
É limpo, é leve... é teu cada suspiro
Cada segundo...
Cada dia da minha, da nossa vida
Até sempre...

Eu sei... eu precisava te contar
Não podia mais guardar isso sozinho...
Agora... toma conta de tudo...
Alma, coração e palavra...
O que é clara, o que pulsa, o que fala...
É, a partir de agora...
Só teu...

Mateus Carneiro
08/02/11 – 21:48