quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Te amo tanto...



Te amo tanto que tenho todo o receio
Um medo assim
Uníssono
Entre o arranhar das unhas e o carinho leve
Entre a mordida e o sopro
Te amo tanto que entendo
O medo do rasgar dos dentes
Em um novo-velho filme de vampiros
Assim é meu amor
Sedento
Sente teu cheiro de longe
Como quem fareja a caça
Como quem procura por alimento
¿Porque não?
Meu alimento tem nome, cor
Tom alto e vermelho quando grita
É alimento pra alma e pra carne
Pra minha boca e poros
Por vezes ferozes de fome e sede
Por outras só quer teu hálito pra dormir tranqüilo
E teu nome e cor
Teu gosto e tom
São o que me fazem
Uníssono
Entre o beijo e o mastigar
Entre o abraço e a prisão
Entre a presa e a pressa nenhuma
Em sair de perto
Desse imenso todo
Que eu ainda tento decifrar


Mateus Carneiro
05-11-11 - 20:48

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