segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Já é Amanhã




Já é amanhã
Ao menos no relógio
Eu ainda pensando no hoje ¿ontem?
Onde se dividiu o dia sem que eu sequer notasse?
A cabeça fervendo pedindo pela noite inteira
O corpo desmoronando pedindo pelo colo delas
E daí que já é amanhã?
Menos sono, mais ação
Mais vida, mais arte
Mais grana pra sempre faltar
Vontade de fazer tantas coisas
E aquela sensação de bagunça
Que não te deixa saber por onde começar
Uma paz caótica
Um caos tão calmo quanto o vento
Olho pro violão que hiberna sem cordas
E ouço as notas das mesmas canções de sempre
“Isso é bom, mas é ruim, mas é assim...”
As marcas do violão se confundem
Elas, minhas cicatrizes
Minhas tatuagens que não são de tinta
Esse relógio que não para
É cada vez mais amanhã
E eu querendo que hoje fique mais pouco
Não sei porque
Sem razão qualquer
Só pra matar a saudade da madrugada
Entre cafés e folhas em branco
Entre copos e ruídos silenciosos
Que só eu escutava
Hoje, mais silêncio
Dessa vez pra não acordar quem tenta dormir
No quarto do lado descansam minhas razões
Dois corpos num só, minhas meninas descansam
E eu me rendo...
Todas as madrugadas agora são só delas
Os cafés serão companhia
As folhas em branco, quem sabe...
Hoje ajudaram a dar boa noite...
Então, até que mais esse hoje se vá!
Até mais!

Mateus Carneiro
22/01/13 – 00:19

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