Desconexo
Desconcerto
Uma manhã cinza de sábado
Eu que ‘tô sempre lendo o mesmo livro
Me perco em linhas diferentes
Rotação de motores em baixa
A taxa de bytes menor que a pulsação
Desconectar do todo num gole de café
É só o início da lucidez
Desconexo
Desconheço os caminhos feitos
Prefiro os novos que desenho no papel
Sempre marcado pelos traços da borracha
Que me fazem mudar de ideia
Desconcerto o modo de ver
Da mesma janela outro olhar
A marca dos dedos na lente dos óculos
O dedo marcado pela corda
E eu ainda lendo o mesmo livro
Procurando (desco)nexo
Nas nuvens dessa manhã cinza de sábado
Mateus Carneiro
26/06/01 – 11:01
Nenhum comentário:
Postar um comentário