quinta-feira, 18 de novembro de 2010

E agora já era...


E agora já era
Caem por terra as marcas...
As roupas...
O sabor é novo e a textura também...
Já foi tudo que era tatuagem...
Na pele outro cheiro
No corpo outro tempero...
Uma noite inteira em claro
Pra deixar tantas outras pra trás...
As cicatrizes ficam por dentro
Na lembrança, na carne...
Mas a alma faz de conta que ta curada...
Que não lembra do gosto macio
Do corpo pequeno...
Da pele suada por tantas razões...
Agora já era...
Já foi
Passou o tempo do ontem
E o tempo agora
É meu mais novo amigo de infância...


Mateus Carneiro
10/10/10 – 14:11



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Te Amo...


Te amo no escuro
De olhos vendados
Te amo sem precisar
Sem esperar te amar menos
Te amo no tato
No paladar de cada poro
Te amo...
Por não querer te amar...


Mateus Carneiro
05/11/2010 - 01:25

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eu confesso!


Eu confesso!
Não tiro da cabeça uma madrugada inteira
Mesmo que ela não entre na tua
A cor, o toque, o teu gosto na minha boca
O som do copo ficando vazio
A roupa caindo, a língua
O som da porta fechando forte
A simples vontade do todo
Do agora, sem nexo nem responsabilidade
O meu gosto era qualquer um pra ti
Mas o teu não sai da minha pele
Eu confesso!
Outras noites me fariam inteiro
O mesmo gosto não...


Mateus Carneiro
18:53 – 02/11/10